Viajar no tempo é possível — basta imaginação,
curiosidade e vontade de aprender. Foi assim que os nossos pequenos “Historiadores”
partiram rumo à Pré-História, um tempo tão distante, tão diferente do mundo que
conhecem…
Chegaram a uma época em que contar histórias não
passava pela escrita, porque… simplesmente, ainda não havia escrita. As
mensagens eram gravadas ou pintadas na pedra — a grande tela desse tempo.
Eram caçadores-recoletores, sim — mas também
artistas. Grandes artistas, assim os consideramos, que deram identidade, vida e
eternidade às paredes que hoje nos ensinam.
Para dar forma à sua arte, criavam as tintas com o
que a natureza lhes oferecia. As tintas “nasciam” da terra: carvão,
sangue, minerais… misturadas com água ou
gordura. E os pincéis? Talvez um ramo, um dedo, uma pena… ou apenas a vontade
de deixar uma marca.
Com traços simples, mas carregados de significado,
deram vida a cenas de caça, mãos abertas como marcas de identidade, veados em
movimento…
Inspirados por esses primeiros artistas, os nossos
alunos tornaram-se também criadores de memórias visuais. Imaginando-se como os
caçadores-recoletores que um dia passaram por Foz Côa, também eles deixaram a
sua marca — uma pincelada à eternidade, agora ecoando nas “paredes da gruta”
(improvisada) da Escola Básica de Silvares S. Martinho.
Porque reconstruir a História é mais do que
recordar:
é garantir que o passado continue a ensinar o
presente — e que o futuro se pinte com as cores da memória.
Grupo de HGP, 2.º Ciclo

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